A única diferença é a solidão correndo lenta nas veias, pesando nas entranhas bombeando pesada no coração. E você aí sorrindo leve, enquanto eu fico aqui tão pedra.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Eu me pergunto em que buraco da vida a gente se perdeu. E me pergunto quando fui que perdi as forças para escavar. Ou quando usei a expressão "falta de forças" para não falar simplesmente "preguiça".
E isso, que antes vivia exaurindo, esburacando hoje não faz nem cócega.
Não, meu amor, ele não vai voltar atrás. Por mais que você encontre razões para ter esperanças, ele não vai ligar. As rosas irão murchar e a dor vai se aconchegar e morar aí um tempinho. Não, na caixa de correio não tem nem um cartão postal, apenas contas à pagar e na caixa de e-mail só tem propaganda. Ele provavelmente já deve estar interessado por outras coisas, ou mais provavelmente ainda, por outras pessoas. Ele não vai se lembrar de você quando ouvir aquela música que você odeia. Ele não vai lembrar de você quando passar por aquela praça em que vocês costumavam passar as tardes, não vai se lembrar de quando vocês passeavam as 5 da manhã só para ver o sol nascendo, mas que na verdade era só mais uma desculpa tua de ver aquele sorriso te fazendo renascer. Ele não quer cumprir o que prometeu e não tem compromisso nenhum com a tua dor. As únicas coisas que te restam são lembranças, fotos, malboro, compulsão por comida e ânsia de vômito. O resto é só história pra boi dormir.
domingo, 26 de outubro de 2008
As palavras são como momentos: tem a tendência de nos escapar. Diferente das lembranças, que por mais que nos agarremos a elas, sempre dão um jeito de fugir. Pena que não seja assim com as lembranças que tememos. Por mais que todos os cadeados sejam destrancados e todas as janelas e portas estejam abertas, insistem em nunca ir embora...